Acho que é a terceira vez que acontece só no Shopping Total. Adoro (tá, nem sempre, mas gosto) andar mulambento: roupas com cores gritantes, sem combinação alguma, como verde, amarelo e vermelho (e como dizem que amam a Bandeira do RS...), chinelo de dedo e meio arcade. Eu gosto.
Quando ando assim, ninguém olha e quando olha parece que quer cruzar a rua ou ficar longe, parecendo que a gente é bixo, fede ou é assaltante...sei lá. Pra não usar outro adjetivo: é pobre, só pode.
Mas tem dias que tem que andar na estica, com camisa de botão, calça de tergal (ahahahah), barba aparada e coisa e tal. Nesses dias, quando se anda pela rua as pessoas olham com esmero, e até sentam no lado da gente no banco do onibus, não por não ter mais lugar livre, mas por achar que pode chegar perto sem ser contagiada com os defeitos (?) da gente.
Bem, nesses dias de estica, acontece que quando a gente vai no mercado (subentende-se Shopping Total mesmo) as gurias do caixa insistem em perguntar: Ticket pro estacionamento?
Em outras palavras, vendo o cara com uma roupinha mais ou menos já acham que o cara tá de carro...ridículo.
Outra situação cômica (ou patética) dessas que a sociedade mostra é quando se vai no posto de combustível...bonito de ver: se chega de C10 véia ninguém atende o cara. É um sacrifício o cara ficar gritando pra alguém vir atender. E nunca vem mulher. Quando o posteiro (ou frentista) atende, é com uma cara amarrada, bate a bomba na pintura da caranga (e a tampa do tanque), não pergunta como tá a água, o óleo nem se quer calibrar os pneus. Quando tá indo embora, a gente grita (literalmente) pra ele dar uma limpada no párabrisa e ele com muito desgosto pega uma água suja do balde mais vazio que tiver (pura areia) e escova com uma vassoura velha muito porcamente o vidro do bólido. Pra terminar, completa com uma mangueira de água que lambusa tudo (até dentro se estiver com as laterais abertas) e manda o cara ligar o limpador pra secar (e esfregar o resto da sujeira - ou maioria - que ficou grudada ainda), porque ele tá sem paninho ou ele não sabe aonde foi parar....
Quando se vai de carrão (sei lá, Vectra ou coisa assim)...daí é uma beleza. Vem 3 ou 4 pra atender. Parece posto americano dos anos 50 que vem todo mundo em equipe (F1?), onde um quer calibrar os pneus, outro pra completar água e óleo, uma outra tergal com cafezinho e folders de propaganda e um quinto ou sexto (quando não um de cada lado) pra limpar com todo o carinho e sem um respingo de água o párabrisa. Depois ainda oferece cartão do posto, desconto, lavagem, bolagato e sei lá o que mais....
Sabem de uma coisa?
Quilixo!
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